Os tempos modernos nos
dão claro testemunho de que o casamento é um instituto em franca decadência.
Mal se toca no assunto e a impressão que se passa é que falar em casamento é o
mesmo que falar do diabo. E então, por que diabos, o casamento quedou do Céu ao
Inferno em poucas décadas? Elementar, meu caro Watson: inversão de valores.
O advento dos métodos
anticoncepcionais possibilitou às mulheres a chance de sexo farto e ilimitado
sem que isso implicasse necessariamente uma gravidez, o que despertou um latente
instinto promíscuo feminino. A fidelidade e os vínculos conjugais, que antes
eram imprescindíveis para os bons cuidados aos rebentos, tornaram-se
dispensáveis uma vez que a gravidez agora se tornou evitável.
Diante desta nova
realidade, algumas mulheres resolveram abandonar os “bons modos” e passaram a
por em prática o sexo e o amor, livres de amarras morais ou éticas. Ignoraram
solenemente o fato de que o instinto masculino, forjado na bigorna de milhares
de anos de evolução, anseia por uma mulher casta, pudica e recatada. Afinal de
contas, um comportamento promíscuo no longínquo passado humano poderia
significar manter o filho alheio, o que é naturalmente uma ideia abjeta sob o
ponto de vista evolutivo (tendo o ciúmes
surgido como resposta adaptativa).[1]
Não bastasse isso,
algumas feminazi (que se dizem
feministas) justificam suas libertinagens nas libertinagens masculinas, como se
pegar o que há de pior no ser humano fosse parâmetro para querer se igualar.
Ora, se assim fosse, nos tornaríamos todos assassinos sob o pretexto de que
existe assassinos no mundo, o que obviamente é uma ideia no mínimo absurda. O
argumento de que não existem homens castos, pudicos e recatados é inválido, pois
existem (e geralmente eles têm potencial para serem os bons maridos de amanhã,
lembrem-se).
A questão é: esse
pensamento se propagou de tal forma que nos tempos modernos é praticamente
impossível encontrar uma “beata” (em que a aparência obviamente não tenha sido
determinante para esta condição, em outras palavras, uma mulher feia) que tenha saído incólume da mosquinha rosa da
libertinagem feminina. E o motivo para tanto é muito simples: o ser humano age por conveniência. Seja
você homem ou mulher.
Certo, e você me
pergunta agora o que isso tudo tem a ver com o famigerado casamento? É fácil
entender. As mulheres, no ápice da juventude, detém um poder de barganha
infinitamente superior ao do homem. Diante desse poder, naturalmente elas darão
preferência para os douchebags pois o
poder de barganha dos dois corresponde. Obviamente ela não se importa tanto com
o fato de ele ser um completo cretino pois o
caráter é um aspecto acessório nas relações humanas, e não principal. Até
aí tudo bem: a lolita entra com a
beleza e o bad boy com seu status. Justo.
O grande problema nessa
grande equação social é que as mulheres não contam que o poder de barganha
delas tende a diminuir com o tempo ao passo que o do homem tende a aumentar.
Considerando que a relação se originou de uma barganha nivelada, o homem ao
perceber que essa relação está se tornando desequilibrada (seu poder de
barganha aumenta cada vez mais ao passo que o do da mulher diminui cada vez mais)
abandona essa mulher e arranja uma capaz de fazer justiça a seu poder de
barganha. E não há nada de errado nisso.
Da mesma forma como conveio à nossa jovenzinha preferir o bad boy ao nerd, conveio
ao nosso provecto magnata preferir a novinha à velhinha.
O
magnata estadunidense e presidente dos EUA, Donald Trump, ilustra bem
esse exemplo. Casou-se com 3 mulheres, uma mais nova que a outra. Exemplo claro
da hipergamia feminina aplicada na prática.
Isso
tudo poderia ser facilmente evitado se as mulheres pensassem mais com a cabeça
do que com o coração, mais prospectivamente do que contemporaneamente.
Creio que vale a pena sacrificar uma vida de tentações e livre de putaria na
juventude para dedicar sua vida a um nice
guy. Como já foi explicado em outro artigo, o “cara bonzinho” valoriza
imensamente relacionamentos com mulheres que lhe agradam. É quase certo que, lá
na frente, quando a velhice bater sua porta, ele a enxergará como mulher e não
como bem de consumo, e dessa vez ele sacrificará passatempos com novinhas para
estar ao seu lado, como reconhecimento e pagamento da dívida que ele tinha com
ela quando tinha tudo em cima e enxuto. Mas isso jamais acontecerá pois a
maioria das mulheres tem o condão de agir impulsivamente.
Ok, e onde entra o Marriage Strike nessa história toda? O
casamento, que antes era um instituto voltado a garantir que mulheres honrassem
seus maridos e vice-versa, tornou-se uma excelente forma das mulheres
garantirem o melhor de dois tempos: a juventude e a velhice. Na juventude vive uma vida de pura
libertinagem e na velhice tem um casamento à disposição para receber as honras
masculinas que jamais retribuiu. Poderíamos traçar um paralelo de alguém
que planta uma árvore cujos frutos serão devorados por alguém que nada fez para
que a árvore frutificasse.
O problema (para as
mulheres, é claro), é que os homens perceberam
que, no casamento, o homem tem tudo a perder e a mulher tudo a ganhar! Percebendo
que o casamento migrou da esfera do sagrado para a do profano, os homens
resolveram impor um embargo a essa prática, nascendo aí o famigerado Marriage Strike (ou Greve de Casamento
na nossa boa e velha língua pátria).
Pelo visto, o casamento
perdeu o ar da graça e ganhou a fama da pena de caráter perpétuo, tão repetida
nas nossas rodas de bar.
Au
revoir!
[1] http://veja.abril.com.br/ciencia/a-quimica-do-amor/
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