domingo, 26 de março de 2017

Marriage Strike: a greve de casamento

Os tempos modernos nos dão claro testemunho de que o casamento é um instituto em franca decadência. Mal se toca no assunto e a impressão que se passa é que falar em casamento é o mesmo que falar do diabo. E então, por que diabos, o casamento quedou do Céu ao Inferno em poucas décadas? Elementar, meu caro Watson: inversão de valores.

O advento dos métodos anticoncepcionais possibilitou às mulheres a chance de sexo farto e ilimitado sem que isso implicasse necessariamente uma gravidez, o que despertou um latente instinto promíscuo feminino. A fidelidade e os vínculos conjugais, que antes eram imprescindíveis para os bons cuidados aos rebentos, tornaram-se dispensáveis uma vez que a gravidez agora se tornou evitável.

Diante desta nova realidade, algumas mulheres resolveram abandonar os “bons modos” e passaram a por em prática o sexo e o amor, livres de amarras morais ou éticas. Ignoraram solenemente o fato de que o instinto masculino, forjado na bigorna de milhares de anos de evolução, anseia por uma mulher casta, pudica e recatada. Afinal de contas, um comportamento promíscuo no longínquo passado humano poderia significar manter o filho alheio, o que é naturalmente uma ideia abjeta sob o ponto de vista evolutivo (tendo o ciúmes surgido como resposta adaptativa).[1]

Não bastasse isso, algumas feminazi (que se dizem feministas) justificam suas libertinagens nas libertinagens masculinas, como se pegar o que há de pior no ser humano fosse parâmetro para querer se igualar. Ora, se assim fosse, nos tornaríamos todos assassinos sob o pretexto de que existe assassinos no mundo, o que obviamente é uma ideia no mínimo absurda. O argumento de que não existem homens castos, pudicos e recatados é inválido, pois existem (e geralmente eles têm potencial para serem os bons maridos de amanhã, lembrem-se).

A questão é: esse pensamento se propagou de tal forma que nos tempos modernos é praticamente impossível encontrar uma “beata” (em que a aparência obviamente não tenha sido determinante para esta condição, em outras palavras, uma mulher feia) que tenha saído incólume da mosquinha rosa da libertinagem feminina. E o motivo para tanto é muito simples: o ser humano age por conveniência. Seja você homem ou mulher.

Certo, e você me pergunta agora o que isso tudo tem a ver com o famigerado casamento? É fácil entender. As mulheres, no ápice da juventude, detém um poder de barganha infinitamente superior ao do homem. Diante desse poder, naturalmente elas darão preferência para os douchebags pois o poder de barganha dos dois corresponde. Obviamente ela não se importa tanto com o fato de ele ser um completo cretino pois o caráter é um aspecto acessório nas relações humanas, e não principal. Até aí tudo bem: a lolita entra com a beleza e o bad boy com seu status. Justo.

O grande problema nessa grande equação social é que as mulheres não contam que o poder de barganha delas tende a diminuir com o tempo ao passo que o do homem tende a aumentar. Considerando que a relação se originou de uma barganha nivelada, o homem ao perceber que essa relação está se tornando desequilibrada (seu poder de barganha aumenta cada vez mais ao passo que o do da mulher diminui cada vez mais) abandona essa mulher e arranja uma capaz de fazer justiça a seu poder de barganha. E não há nada de errado nisso. Da mesma forma como conveio à nossa jovenzinha preferir o bad boy ao nerd, conveio ao nosso provecto magnata preferir a novinha à velhinha.


O magnata estadunidense e presidente dos EUA, Donald Trump, ilustra bem esse exemplo. Casou-se com 3 mulheres, uma mais nova que a outra. Exemplo claro da hipergamia feminina aplicada na prática.

Isso tudo poderia ser facilmente evitado se as mulheres pensassem mais com a cabeça do que com o coração, mais prospectivamente do que contemporaneamente. Creio que vale a pena sacrificar uma vida de tentações e livre de putaria na juventude para dedicar sua vida a um nice guy. Como já foi explicado em outro artigo, o “cara bonzinho” valoriza imensamente relacionamentos com mulheres que lhe agradam. É quase certo que, lá na frente, quando a velhice bater sua porta, ele a enxergará como mulher e não como bem de consumo, e dessa vez ele sacrificará passatempos com novinhas para estar ao seu lado, como reconhecimento e pagamento da dívida que ele tinha com ela quando tinha tudo em cima e enxuto. Mas isso jamais acontecerá pois a maioria das mulheres tem o condão de agir impulsivamente.

Ok, e onde entra o Marriage Strike nessa história toda? O casamento, que antes era um instituto voltado a garantir que mulheres honrassem seus maridos e vice-versa, tornou-se uma excelente forma das mulheres garantirem o melhor de dois tempos: a juventude e a velhice. Na juventude vive uma vida de pura libertinagem e na velhice tem um casamento à disposição para receber as honras masculinas que jamais retribuiu. Poderíamos traçar um paralelo de alguém que planta uma árvore cujos frutos serão devorados por alguém que nada fez para que a árvore frutificasse.

O problema (para as mulheres, é claro), é que os homens perceberam que, no casamento, o homem tem tudo a perder e a mulher tudo a ganhar! Percebendo que o casamento migrou da esfera do sagrado para a do profano, os homens resolveram impor um embargo a essa prática, nascendo aí o famigerado Marriage Strike (ou Greve de Casamento na nossa boa e velha língua pátria).

Pelo visto, o casamento perdeu o ar da graça e ganhou a fama da pena de caráter perpétuo, tão repetida nas nossas rodas de bar.

Au revoir!    


[1] http://veja.abril.com.br/ciencia/a-quimica-do-amor/

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